PÚBLICO ALVO: Alunos
do 8º ano- Ensino Fundamental
Quantidade de aulas: 3
TEMA: “ O QUE ESTAMOS COMENDO: A OBESIDADE”
Conteúdos
relacionados ao tema: conteúdo calórico dos alimentos: calorias e peso
corpóreo e distúrbios alimentares.
A atividade proposta é uma continuidade do estudo sobre os
alimentos, os nutrientes que os mesmos contem e as suas funções no organismo.
Justificativas/objetivos
para a realização da atividade:
Estudo realizado em 2004 na
disciplina de Nutrologia, ligada ao Departamento de Pediatria da Unifesp
realizou pesquisa avaliando o conteúdo das propagandas veiculadas nos
intervalos de alguns programas infantis de televisão e constatou que, para cada
10 minutos de propaganda, 1 minuto tem objetivo de promover o consumo de
produtos alimentícios, contribuir para gerar hábitos nem sempre saudáveis,
contribuindo para o aumento de casos de obesidade entre crianças e
adolescentes. Desta forma, após a realização da atividade os alunos deverão ser
capazes de:
·
Promover a relação entre saúde com hábitos
alimentares e atividades físicas.
·
Compreender que a condição de saúde é produzida
nas relações com o meio físico, econômico e sociocultural, indicando fatores de
risco à saúde pessoal e coletiva presentes no meio em que vivem.
Competências e
habilidades:
Interpretar situação do cotidiano; fazer relações; ler e
interpretar uma foto; fazer sínteses; fazer registros claros num quadro para
ser mostrado, compreendido e analisado pela classe; ouvir a exposição dos
colegas fazendo anotações e esperar sua vez de falar;
Recursos:
figura da atividade 8, p. 20 – do caderno do aluno – 8º ano
volume 1; texto disponibilizado para leitura e interpretação: “Excesso de games, Internet e TV + vida
sedentária= obesidade juvenil” (Rodrigo Martins); giz, lousa; data-show;
DVD.
Avaliação:
Os alunos serão avaliados através da participação oral e
escrita (produção de textos); e através dos cartazes ou panfletos realizados
pelas equipes para divulgar o assunto na escola e/ou comunidade. E também
através da Leitura e Análise do texto da p. 20 e 21 do caderno do aluno : “Obesidade na adolescência” (Maíra Batistoni e Silva).
Recuperação:
A recuperação será contínua, isto é, durante o
desenvolvimento da atividade, será dada a oportunidade para reelaboração das
escritas solicitadas, releitura dos textos e incentivo à participação oral do
aluno com dificuldade.
Estratégias e/ou
procedimentos:
Iniciaremos a atividade colocando na lousa, tema: OBESIDADE
, e em seguida, faremos uma roda de conversa
com as seguintes problematizações:
·
Você acha
que a televisão influencia na alimentação das pessoas?
·
Quais são
as consequências da obesidade?
·
Afinal,
por que tem aumentado a quantidade de crianças e adolescentes obesos?
As respostas socializadas serão anotadas na lousa. Os
alunos farão os registros no caderno, sem que haja interferência do professor
neste momento.
Em seguida solicitaremos que os alunos elaborem uma tabela
e registrem quais programas de TV assistem por dia , anotando a hora de início
e término, conforme exemplo abaixo.
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PROGRAMA
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INÍCIO
|
TÉRMINO
|
DURAÇÃO
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TV ROBINHO
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14:00h
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15:20h
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1:20h
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SESSÃO PIPOCA
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16:00h
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17:00 h
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1:00 h
|
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TOTAL
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2:20h
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|
Este é um bom momento para que os alunos façam cálculos que
envolvem unidades de medida de tempo, ajudaremos-os, se houver necessidade.
Caso algum aluno diga que não assiste TV, pediremos que registre essa
informação em seu caderno e ajude os colegas nos cálculos.
Solicitaremos que os alunos se reúnam em grupos (4 alunos)
e comparem o nº de horas que cada um assiste de TV por dia. Em seguida
questionaremos: Quanto tempo diário,
vocês consideram ideal para permanecer em frente a TV? Os deverão discutir, chegar a um consenso
e registrar nos cadernos a conclusão.
Entregaremos o texto jornalístico aos grupos, “Excesso de games, Internet e TV + vida
sedentária= Obesidade juvenil”. Primeiramente, faremos uma leitura
comentada e compartilhada do texto e seguida, solicitaremos que o grupo discuta
o assunto e registre no caderno o que mais chamou atenção. Faremos o nosso contrato pedagógico, combinando o tempo e os
critérios para a realização da atividade em equipe.
Terminado o trabalho das equipes, faremos uma roda de
conversa e discutiremos os assuntos que os grupos registraram. Aproveitaremos
para retomar a discussão inicial e caso algum aluno queira reorganizar as
respostas dadas inicialmente, este será o momento. Discutiremos também sobre a
qualidade dos programas veiculados na TV.
Neste momento, os alunos deverão observar a figura do caderno do aluno- p. 20 e responder a
questão, registrando-a: Quais são os
hábitos em destaque na figura que podem levar a obesidade? Explique.
Após a socialização das respostas, solicitaremos que os
alunos, individualmente, façam um registro de ações para reduzir o nº de horas
que ficam em frente Á TV, computador ou videogame e após, para verificar a
aprendizagem os alunos deverão fazer a leitura e Análise do Texto das p. 20 e
21 do caderno do aluno: “obesidade na
adolescência” (Maíra Batistoni e Silva).
Concluindo a atividade, os alunos verão parte do filme: “Super sizer me”
E como tarefa a equipe deverá elaborar um cartaz ou
panfleto para divulgar o assunto na escola e comunidade.
Texto:
“Excesso de games,
Internet e TV + vida sedentária= Obesidade de juvenil”
(Rodrigo Martins)
Divertido é, mas as consequências podem ser graves. Na era
digital, os games, MSNs e Orkts formaram-se os passatempos prediletos de muitas
crianças e adolescentes. Isso tem feito com que a garotada fique horas e mais
horas na frente do videogame e do computador. E, por causa do sedentarismo, os
jovens estão se tornando cada vez mais obesos.
No País, o número de casos de obesidade nessa faixa etária
aumentou cerca de 200% em 30 anos, aponta um estudo do IBGE divulgado na última
sexta-feira. A sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia estima que
atualmente, existem cerca de 6,7 milhões de crianças e adolescentes que sofrem
do problema.
Segundo a coordenadora do laboratório de obesidade infantil
da Faculdade de Medicina da USP, Sandra Villares, atividades como jogar bola e
brincar de pega-pega estão sendo trocadas por computadores, videogames e
televisão. “E sedentarismo aliado à má alimentação, como salgadinhos e
refrigerantes, é um dos principais responsáveis pela obesidade no País.”
“Os jovens, cada vez menos, fazem exercícios físicos”,
explica o chefe de nutrologia em Pediatria da Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp). Uma pesquisa coordenada por ele apontou que em uma escola em São Paulo,
cerca de 70 % dos adolescentes não faziam mais do que 1 h e 30 minutos de
exercícios por semana. “ O ideal é uma hora por dia”.
A maioria dos especialistas recomenda que os jovens gastem,
no máximo, duas horas por dia na frente da TV, computador ou videogame. Mas não
é o que acontece. Um estudo da Associação Brasileira de Obesidade (Abeso),
feito com crianças e adolescentes obesos, constatou que 81 % gastavam mais de
duas horas diárias na atividade.
O estudante Pedro Henrique Xavier, 3 anos, por exemplo,
ultrapassa fácil esta marca. “Estudo à tarde. Então de manhã, quando acordo,
assisto cerca de duas horas de televisão. Quando volto da escola, fico cerca de
três horas no videogame.”
Nos finais de semana, o tempo que Pedro dedica aos games
aumenta. E muito. “No sábado e domingo, fico o dia inteiro jogando.”
Pedro diz que não curte praticar atividades físicas. Isso,
segundo, sua mãe. Sandra Xavier, explica os 98 quilos do garoto. “Fomos ao
médico, e ele foi diagnosticado como obeso. O problema é que, além de ficar o
dia inteiro no videogame, o Pedro come muito”.
Segundo Sandra, uma das dificuldades para colocar o Pedro
“na linha” é o fato de ela trabalhar o dia inteiro. “Meu filho fica em casa
sozinho. Não tenho como acompanhar tudo que ele come e faz”.
Como no caso de Pedro, o estilo de vida moderno é o
principal motivo do exagero dos menores no game e na TV. É o que afirma o
psicólogo do Núcleo de Pesquisas em psicologia e Informática (NPPI) da PUC-SP, Erick Itamura.
“Atualmente, tanto o pai como a mãe trabalham fora. E com a
violência nas grandes cidades, eles preferem que seus filhos fiquem em casa. E
qual é a alternativa para esses jovens? Como não têm o que fazer, acabam
correndo para o videogame ou para a televisão.”
Esse é o problema da empresária Ingrid Garcini. Sua filha,
Júlia, de 9 anos, em casa, com a empregada, acaba, chegava a passar até 7 horas
diárias no PC. “Ela começou a engordar porque também “beliscava” comida a tarde
inteira.”
Como resultado, a garota foi diagnosticada como obesa e, por
isso, foi obrigada a fazer exercícios e a alterar sua alimentação. “Hoje, faço
aulas de jazz e patinação e brinco mais com minhas amigas”, diz a menina, que
diminuiu o uso do micro para 1 hora por dia.
(O Estado de São
Paulo. Segunda-feira, 26 de junho de 2006. P.L1.)
Mariana sua situação de aprendizagem – Obesidade é ótima, pois vivemos num tempo que temos mesmo mostrar a importância de uma dieta balançada.
ResponderExcluirMariana achei ótimo o tema. Considerando que a obesidade é considerada um grave problema de saúde pública, e que atinge 17% dos brasileiros com mais de 20 anos, enquanto o excesso de peso afeta metade da população, segundo os dados mais recentes do IBGE, este é um assunto que deve ser tratado com muita seriedade nas escolas.
ResponderExcluirUm abraço.
Olá colegas do curso MGME de Ciências.
ResponderExcluirParabéns pela Situação de Aprendizagem do seu grupo.
Como está sendo ótima essa troca de experiências.
Tudo que é bom não deve ser guardado e sim compartilhado.
Bom trabalho a todos.
O tema de vocês é muito interessante para ser tratado atualmente com adolescentes.Numa época que os meios de comunicação ditam aos modelos alimentares cabe a nós educadores orientar sobre a importância de uma boa alimentação, saudável e equilibrada.
ResponderExcluirA situação de aprendizagem foi muito bem desenvolvida e o assunto desperta o interesse dos nossos alunos.
ResponderExcluirEmbora a obesidade seja um assunto delicado e presente na vida de muitos adolescentes, precisamos falar e trabalhar de maneira bem sutil para não causar constrangimentos. Fazer com que os alunos percebam que uma alimentação saudável e a prática de atividade física devem fazer parte do nosso cotidiano para que tenhamos qualidade de vida e não pertençamos ao grupo de risco é a nossa maior meta. Parabéns ao grupo pelo trabalho.
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