A leitura e a escrita em minha vida...
Tenho muitas recordações da minha infância e adolescência.
Lembro-me que sempre fui introvertida e tímida, minhas primeiras palavras foram
aos cinco anos de idade, todos diziam que eu não falaria, assim como minha mãe,
pois a mesma é muda e surda. Apesar dessas deficiências minha mãe desenvolveu
várias outras habilidades; principalmente a manual. A roupa que vestíamos e o
nosso corte de cabelo eram feitos por ela... Meu pai, atualmente com 90 anos
foi uma pessoa importantíssima na minha formação e dos meus irmãos.
Aos seis
anos entrei no “Jardim da Infância” numa escola Estadual. Sempre tímida, mas
muito organizada. Lembro-me da professora Terezinha Marques Alonso me
pegando pela mão, ensinando-me as primeiras letras do alfabeto. Fui
alfabetizada com a cartilha “Caminho Suave”. O que eu mais gostava eram as historinhas
contadas pelo meu pai todas as noites antes de dormirmos, (não tínhamos
televisão) e por essa professora que tanto marcou minha vida.
Aos 7 anos,
nessa mesma escola, comecei a frequentar o Ensino Fundamental I. Tive
excelentes professoras. Ir à escola era um prazer. E ainda não totalmente
alfabetizada, já folheava os livros amarelados do meu pai, tentando compreender
totalmente o significado das palavras e das histórias.
Aos 11 anos
iniciei o Ensino Fundamental II no SESI. Nesse período meu comportamento mudou,
continuava tímida, mas participava de todos os eventos e comemorações da
escola: teatro, jogral, recitais, etc... O que contribuiu também para o gosto
da leitura. Até então, os livros lidos
eram os solicitados pela escola. Os clássicos – Dom Casmurro, Vidas Secas, Meu
pé de laranja lima, etc... Os livros já me faziam repensar o mundo e
reorganizar o meu próprio pensamento. Com o passar do tempo, a leitura passou a
fazer parte da minha vida. Leio por necessidade, leio para divertir, leio por
prazer, pois à medida que leio minha mente se renova, se abre e eu aprendo. E
como disse Albert Einstein “A mente que
se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original”.
escrito por Maria Nazareth dos Santos
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