domingo, 22 de setembro de 2013

Depoimento - A leitura e a escrita em minha vida...


A leitura e a escrita em minha vida...

Tenho muitas recordações da minha infância e adolescência. Lembro-me que sempre fui introvertida e tímida, minhas primeiras palavras foram aos cinco anos de idade, todos diziam que eu não falaria, assim como minha mãe, pois a mesma é muda e surda. Apesar dessas deficiências minha mãe desenvolveu várias outras habilidades; principalmente a manual. A roupa que vestíamos e o nosso corte de cabelo eram feitos por ela... Meu pai, atualmente com 90 anos foi uma pessoa importantíssima na minha formação e dos meus irmãos.
Aos seis anos entrei no “Jardim da Infância” numa escola Estadual. Sempre tímida, mas muito organizada. Lembro-me da professora Terezinha Marques Alonso me pegando pela mão, ensinando-me as primeiras letras do alfabeto. Fui alfabetizada com a cartilha “Caminho Suave”.  O que eu mais gostava eram as historinhas contadas pelo meu pai todas as noites antes de dormirmos, (não tínhamos televisão) e por essa professora que tanto marcou minha vida.
Aos 7 anos, nessa mesma escola, comecei a frequentar o Ensino Fundamental I. Tive excelentes professoras. Ir à escola era um prazer. E ainda não totalmente alfabetizada, já folheava os livros amarelados do meu pai, tentando compreender totalmente o significado das palavras e das histórias.
Aos 11 anos iniciei o Ensino Fundamental II no SESI. Nesse período meu comportamento mudou, continuava tímida, mas participava de todos os eventos e comemorações da escola: teatro, jogral, recitais, etc... O que contribuiu também para o gosto da leitura.  Até então, os livros lidos eram os solicitados pela escola. Os clássicos – Dom Casmurro, Vidas Secas, Meu pé de laranja lima, etc... Os livros já me faziam repensar o mundo e reorganizar o meu próprio pensamento. Com o passar do tempo, a leitura passou a fazer parte da minha vida. Leio por necessidade, leio para divertir, leio por prazer, pois à medida que leio minha mente se renova, se abre e eu aprendo. E como disse Albert Einstein “A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original”.

escrito por Maria Nazareth dos Santos   

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